| “O
Massacre da Serra Elétrica 3D”
é o sétimo filme oficial da sangrenta
franquia, que começou lá atrás
em 1974 (antes da maioria dos fãs de terror
de hoje pensarem em nascer), e seguiu com suas sequências
em 1986, 1990, 1994, 2003 e 2006. Ao longo das continuações,
das décadas de 1980 e 1990, tivemos as ilustres
presenças de gente como Dennis Hopper,
Viggo Mortensen, Renée
Zellweger e Matthew McConaughey
recheando a “saga”. |
Em 2003 foi
feita uma refilmagem do original de 1974, que talvez tenha
sido a precursora da onda de refilmagens que assola Hollywood.
Bom, pelo menos no que diz respeito a filmes de terror.
E finalmente, em 2006 uma pré-sequência do
filme de 2003 foi produzida. Na década em questão
os pulmões de Jessica Biel e Jordana
Brewster foram postos à prova nos filmes,
que ainda contavam com R. Lee Ermey (o
eterno Sargento Hartman do clássico “Nascido
para Matar”, de Stanley Kubrick).

Mas esqueça
tudo isso pois o novo filme da série também
deseja esquecer; usando como existente apenas o clássico
absoluto e único filme realmente valorizado da franquia,
o original de 1974. “O Massacre da Serra Elétrica
3D” é uma continuação
direta dos acontecimentos do primeiro filme comandado por
Tobe Hooper. Aqui, o filme abre com as
cenas do clássico, para depois nos mostrar o que
ocorreu horas depois que o infame Leatherface
seguiu girando sua moto-serra em direção ao
pôr-do-sol.
E logo de cara
percebemos um problema. Um grande erro que nos faz duvidar
da inteligência dos produtores de obras assim ou simplesmente
sua falta de interesse, fazendo pouco caso do público.
Recentemente tivemos o fabuloso título de outro exemplar
do gênero, “O Último Exorcismo
– Parte 2”, que entrará para
a história dos títulos cretinos e idiotas.
Aqui, algo semelhante ocorre. Os realizadores abrem o filme
na década de 1970, época do filme original,
onde um bebê marca presença. Passados exatos
39 anos, e o tal bebê agora tem as formas de Alexandra
Daddario, uma jovem de 27 anos!.

O argumento
pode ser que talvez o filme se passe na década de
1990, ou início da de 2000, mas como explicar os
carros atuais da polícia e câmeras de celulares
que transmitem ao vivo. Deixando passar a grande improbabilidade
cronológica, o novo exemplar realmente não
possui muito a oferecer. Esse é um produto ordinário
do gênero, recomendado apenas para os aficionados.
A bela Daddario (“Percy Jackson”)
vive Heather, uma jovem que num belo dia recebe a notícia
de que foi adotada.
Sua verdadeira
família vem de uma pequena cidade do Texas, e sua
tia-avó lhe deixou como herança uma mansão.
Ela reúne o namorado e dois amigos, e parte para
cobrar seu novo bem. Esse é um filme de sustos fáceis,
e roteiro previsível que faz de seus escritores tão
inteligentes quantos os jovens mostrados na obra.

É algo verdadeiramente triste quando sabemos que
o único motivo de um filme ter sido produzido foi
para exibi-lo em 3D. Nem ao menos assustador ou intenso
o novo filme consegue ser. Os produtores também desperdiçam
a oportunidade de brincar com a cultura atual dos jovens,
já que os filmes anteriores fazem dez anos.
A pobre protagonista
precisa passar o filme inteiro com a barriguinha de fora,
e ao final basicamente exibir os seios. Mas quase, já
que a censura permite violência mas não nudez.
Então sua camisa aberta fica estrategicamente colada
para que não revele tudo. Os únicos detalhes
meramente curiosos no filme são a participação
de Gunnar Hansen (o Leatherface original)
no início e a brincadeira feita com o vilão
Jigsaw (da série "Jogos Mortais")
no parque de diversões, já que agora ele e
Leatherface dividem o mesmo estúdio.